quinta-feira, 16 de abril de 2015

Shuriken Sentai Ninninger, primeiras impressões.


Bem, quando as primeiras imagens de Ninninger vazaram, confesso que fiquei preocupado, pois a Toei tem seguido com sentais de maior apelo humorístico desde o final de Go Busters. A baixa audiência fez com que a produtora optasse por tramas mais "digeríveis", digamos. De cara, não gostei do visual dos ninjas, com aquilo de botas brancas para contrastar com o restante do visual.

Porém, minha preocupação acabou já no primeiro episódio. Ninninger, nos seus 24 minutos iniciais, já superou Toqger, seu antecessor. A trama já é bem definida desde seu início: os ninjas têm de evitar a ressurreição de um antigo general feudal chamado Kibaoni Gengetsu, que fora derrotado pelo homem conhecido como "Last Ninja". Agora, os youkais começam a ressurgir e cabe aos cinco a árdua tarefa de os derrotarem, além da disputa interna sobre quem será o ninja mais poderoso.

Shurikenjin, o robô básico de Ninninger.
Para isto, o avô dos ninjas e seu filho os ajudam nos treinamentos e na rotina diária dos jovens, aconselhando e repreendendo quando necessário. Ninninger não deixou de lado o humor, mas está mais focado que Toqger ou Kyoryger, que o usavam de maneira mais extensa e, muitas vezes, enjoativa.

Tinha fortes ressalvas quanto ao Shurikenjin, mas vê-lo em ação me mostrou estar enganado. Apesar do visual poluído, Shurikenjin trouxe uma boa inovação: a parte central do robô ser o "motorista" e ser passível de troca ou de agir separadamente dele, mesmo com o gattai completo. Os inimigos iniciais são interessantes e os dois primeiros generais já marcam presença: 

Kyuemon Izayoi, uma mulher/homem que veste uma roupa dourada, carrega uma espécie de marreta para "ninpous" e alargamento dos monstros. Ele/ela é responsável pela coleta de medo, que armazena numa cabaça.

Raizo Gabi, o segundo general a aparecer. Ele apenas se interessa por lutar e pouco se importa em trazer Kibaoni Gengetsu de volta. Acaba por criar rivalidade com o Akaninger. Ele me lembra, vagamente, o Kamen Rider Ouja, de Ryuki, pois ambos têm apenas o desejo de lutar como premissa.

Dos cinco Ninningers, três já se destacam bem; Akaninger, líder da equipe. Um pouco imprudente mas bem forte. Aoninger, o ninja azul, que veio de Londres. Pode usar magia e tem um nível bastante alto de poder. Rivaliza de cara com Akaninger. Momoninger, a ninja rosa: inteligente, analítica e bastante forte (já usei forte duas vezes, eu sei), já se mostra o membro mais pensante do grupo. Já apaziguou algumas situações e não é o tipo de rosa melodramática ou fofa demais, como Kagura de Toqger foi. Kininger e Shironinger, embora pareçam promissores, ainda estão começando a aparecer. A Shironinger passa boa parte dos episódios reclamando do irmão, e o Kininger é o mais engraçado e desligado do grupo.

Friso que todos têm potencial e são bons personagens, esperar para ver. Tenho apenas dois receios: que o roteiro foque demais na rivalidade Akaninger x Aoninger em detrimento dos outros personagens, tornando-os meros coadjuvantes, e a tal aquisição do título de "Last Ninja", que poderia empobrecer a trama, que já começou bem. Não creio que será o caso, mas vale a ressalva.

O que não gostei em Ninninger: em 7 episódios, eles já receberam duas mechas auxiliares e três shurikens de ninpous. Entendo a necessidade (até por ser profissional de marketing) da Bandai/Toei vender brinquedos, mas achei prematuro tantos upgrades com tão pouco tempo de trama. Bem verdade que os scans destes upgrades saíram têm meses, mas poderiam esperar, talvez.

Enfim, Ninninger, embora beba da fonte de vários sentais anteriores (o que não acho nada ruim), já mostra ter brilho próprio e torço para que isso continue até o seu encerramento.

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